Páginas

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Quando será possível....


Estou pensativa. Tem feito muito calor, em plena primavera. Imagine como será o verão que se aproxima. E, mais uma vez, suarei em bica, ficarei arfante em duas quadras, ralarei minhas coxas graças aos atritos que me causa o sobrepeso, chegarei em qualquer lugar com o rosto encharcado, o cabelo desgrenhado, me secando com um paninho igual gente idosa tem o hábito de fazer. Tudo por que passou mais um ano e EU não fiz nada para mudar minha condição. Condição sim, por que eu não SOU gorda, eu ESTOU gorda. Nunca, nem por um segundo consegui admitir, de fato, que sou gorda... Acho que nunca farei isso. O que sei com toda certeza é que sou muito infeliz assim, mas não mudo. Não é a primeira vez, nem será a última, que escrevo pensando que ler sobre como me sinto vai me ajudar. Mas nunca fez efeito a longo prazo. Essa é a minha relidade: passar os dias sonhando que em algum momento um milagre irá acontecer. Esses dias precizei ir ao centro uma duas vezes. Faz algum tempo que perdi o encanto por olhar vitrines. Mas, sem querer vi e me apaixonei por algumas coisas... que não me servem, claro! Minto: vi uma sandália (que já pedi de Natal!), lindíssima, numa loja de skatistas. Porém não tenho absolutamente nada que combine com ela (HAHAHA). E pensando mais um pouco, tenho me vestido como uma velha. Velha de mau gosto, diga-se, que tem muita senhorinha bem vestida por aí. Eu que sempre gostei de usar tomara-que-caia e mula manca... AH, que ódio que tenho de mim... Mentira, apezar de tudo não me odeio. Acho que sou uma acomodada mesmo. Hoje e ontem meu marido sabiamenteme chamou a atenção para o fato de que comendo e dormindo não irei emagrecer... Verdade óbvia. E dolorosa. Mas que mereço ouvir cada letra. Se me conheço bem, daqui uns breves 10 anos, por que os anos tem voado, e meu metabolismo já não for o mesmo, minha vida simplesmente terá acabado. Por que não será mais tão fácil emagrecer e ainda que emagreça, forçada por uma diabetes ou hipertensão, meu tempo de ''menina'' terá passado. E AÍ! Terei perdido o prazer de ser uma daquelas mães magrinhas (metidas...) passeando com seus rebentos pequenos. Aquela esposa que os amigos de meu marido olhem e digam '' você é sortudo". Com quase quarenta anos (se minha bem cuidada saude me permitir que eu viva até lá), que será que eu ja terei deixado de viver... De repente estou sendo dramática, mas é o que eu penso de verdade. Putz, que que eu faço!!! Sei bem que sou capaz hoje de passar o dia comendo capim (rsrs), mas hoje. E amanhã, o que eu estarei fazendo por mim. Bom, daqui a pouco vou fazer a rematricula do meu pequeno e até lá, vou pesquizar incentivos e sei lá mais o que. Algo que me de gáz. Será que meu caso tem solução...